Alternativa de cultivo, o morango, está em alta no município

Em terrenos grandes ou pequenos, rodeados por outras lavouras ou não, o plantio de morangos está conquistando espaço na área agrícola de Campo Alegre. O município, que ainda tem força na área econômica com o cultivo de fumo e grãos descobre aos poucos esta nova oportunidade. Só em 2013, cerca de 75 mil mudas foram plantadas no município, contra 15 mil em 2012. Os dados são da secretaria de Desenvolvimento Econômico.Temperaturas amenas e solo apropriado são fatores que garantem a qualidade da fruta, somado a técnicas corretas de cultivo. Isso chamou a atenção do engenheiro agrônomo curitibano Márcio Zielinski. O agrônomo tem, em Araucária, um sistema de produção que fornece as frutas devidamente selecionadas e embaladas para receber aprovação e código de barras. Na sexta-feira passada, 31, Zielinski esteve no município apresentando sua proposta para mais produtores e reforçando o trabalho com aqueles que tiveram bons resultados. As mudas são importadas da gelada região da Patagônia. Elas são fornecidas pelo engenheiro agrônomo de Araucária, bem como a assistência técnica necessária. A garantia da venda também é um aliado do agricultor.Durante a reunião, o engenheiro agrônomo da Prefeitura Municipal de Campo Alegre, Gilson Brunnquell, ressaltou : “O transporte dos produtos entre as propriedades é por conta dos produtores. Apenas o escoamento da produção para mercados e feiras é de responsabilidade do Zielinski”, explicou. Na central de distribuição coordenada pelo agrônomo, para onde os produtos são direcionados, passa pelo crivo da qualidade e recebe o selo de inspeção, sendo liberado para comercialização. “Lembramos que os produtores são aconselhados a começar as plantações com poucas mudas e aumentar gradativamente de acordo com o crescimento das vendas”, reforça o secretário de desenvolvimento econômico, Edilson Pruckneski.Estavam presentes no encontro produtores e interessados em produzir morangos das localidades de Campestre, Laranjeiras, Cubatão, Tijucume, Centro, Saltinho, Papanduvinha e da cidade de Mafra. Dos agricultores presentes que já fizeram a experiência com morango desde que receberam a assistência  da equipe técnica disseram estar contentes com o resultado, estão satisfeitos pela clareza e apoio recebido pela equipe. “O Sistema que Marcio e sua equipe utilizam é de visitar a propriedade e depois passa a dar as coordenadas, é feita análise do solo, preparação do solo, ensinam a plantar, fazem toda a parte de irrigação, ensinam colocar as bombas com todo orçamento ao produtor”, explica o agricultor, Alírio Pacheco, que plantou 4.200 pés no ano passado e pretende plantar mais 6.000 pés esse ano. “O preço alto e a garantia de venda, fazem da produção uma segurança”, diz Pacheco. “Além disso o plantio não exige grandes extensões de terra”, afirma. A equipe técnica visita o agricultor iniciante a cada 15 dias e os mais experientes a cada 25 dias. Zielinski conta que vai  01 ano para se aprender o básico na produção do morango.  As novas produtoras Aulália Engler, de Bateias de Baixo, e Regiane Hoff, de Papanduvinha, ficaram animadas com a explicação e vão plantar o morango como uma alternativa de lucro. “Uma renda extra é sempre bem vinda”, comemoram empolgadas. Para lembrar“O clima, o solo e a altitude de Campo Alegre assemelham-se a essas mesmas características de Araucária, o que viabiliza a produção e torna os cuidados praticamente idênticos”, comenta o engenheiro agrônomo Gilson Brunnquell. Para o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Edilson Prucknescki, é necessário que o homem do campo seja incentivado a continuar seus trabalhos em lavouras. “A fruticultura está ganhando força, com o diferencial de que o agricultor não precisa destinar-se exclusivamente a essa atividade, bastando envolver a família na produção. É uma forma de complementar a renda e permitir que o homem do campo continue no campo”, comenta Pruckneski.