Antiga Serraria do Salto do Engenho tem projeto de reconstrução de sua história
A antiga Serraria do Salto do Engenho, em Campo Alegre, tem aproximadamente um século de existência, e foi tombada por lei municipal. Além dos seus valores culturais, a serraria possui características marcantes dos tempos de colonização. Por muito tempo, o beneficiamento de madeiras foi fator importante para o desenvolvimento de Campo Alegre e do todo o planalto norte. Desta forma, o imóvel trazia mais de um século da história do povo, servindo de base para a história da exploração de madeira da região. A serraria, movida a água, foi construída em madeira maciça, toda encaixada e amarrada, na localidade do Salto, há uns 50 m da cachoeira.
A compra da Antiga Serraria aconteceu no ano de 2003 com o então prefeito Renato Bahr, que desapropriou o imóvel para iniciar uma possível restauração e, em 2007, buscou auxílio junto ao governo do estado para realizar o restauro que não obteve sucesso. O atual prefeito, Rubens Blaszkowski, através da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, vem buscando formas de angariar recursos para restaurar o local. Entretanto, com as fortes chuvas na região aliadas a deterioração causada pelo tempo, o imóvel perdeu boa parte de sua estrutura o que compromete um restauro, permitindo somente uma reconstrução deste patrimônio histórico cultural ou revitalizando esse espaço na tentativa de construir um memorial ou museu do Engenho. “Estamos tentando preservar o pouco que restou, pois a estrutura já não nos permite uma restauração, afinal o prédio da Antiga Serraria desabou.“, revela Marília.
Em conversa com a secretária, o sonho de recontar essa história ainda persiste. Diz ainda que a limpeza da Serraria, que aconteceu em parceria com a secretaria de obras Prefeitura de Campo Alegre teve a finalidade de proteger e preservar as peças e estruturas ainda não destruídas pelo tempo, visto que há mais de 6 anos a Antiga Serraria já havia sido condenada. Recriar o espaço, seja em forma de museu ou algum outro atrativo turístico e cultural e salvaguardar nosso patrimônio cultural é o foco neste momento”. A ideia da secretaria é utilizar esse material, com fotos e acervos para recontar a história da serraria, reconstruindo rodas d’água, representando essa antiga técnica tão valiosa para a economia do município no início do século passado.