Alunos da Apae têm dia de inclusão na Fecampo

A sexta-feira foi diferente para os alunos da Apae de Campo Alegre. Eles participaram de diversas atividades em um dia de inclusão social promovido pela Fecampo (Fundação Educacional de Campo Alegre). Na oficina de cerâmica, a artesã Renate Tschoeke ensinou a modelar o barro.  A criatividade fez surgirem centopéias, cobras e até pequenos vasos.

Alunos da Casa da Cultura cantaram e tocaram músicas ao violão. Na hora do lanche todos saborearam cachorro-quente, nega maluca e refrigerante. A diretora da Fecampo, Evelyn Ehlke, conta que seis alunos da Apae já freqüentam regularmente as oficinas de pintura e cerâmica. “Eles também levam peças iniciadas aqui para concluir na Apae”, afirma.

Para Nádia Bastos, diretora da Escola Especial Wilson José Liebl (Apae), a iniciativa da Fecampo contribui para integrar os portadores de necessidades especiais a outro ambiente, atividades e pessoas. “Eles ficam muito felizes quando têm a oportunidade de conhecer novos lugares, conviver com mais pessoas”, diz Nádia. Ela observa que os alunos que participam regularmente das oficinas da Fecampo melhoram a coordenação motora, a capacidade de concentração e têm melhor entrosamento com os colegas.

A presidente da Fecampo, Elisabeth Kestering, afirmou que já estuda uma ampliação na parceria com a Apae para o ensino de técnicas básicas de tecelagem.

Tradição

Atualmente a Fecampo atende gratuitamente a 156 crianças e adolescentes, com aulas de cerâmica, fuxico, pintura, biscuit e tecelagem, ministradas por voluntários. Os alunos ainda recebem lanche. A Fecampo mantém-se com doações e com recursos arrecadados com a venda de artesanato, produzido pelas funcionárias Cristiane Laskosky e Cristina Milchewsky. A prefeitura também contribui mensalmente com cerca de R$ 1.000,00.

Os artigos com lã de ovelha são os mais procurados. As tecelãs fazem todo o processo, desde a lavação da lã, o preparo e tingimento natural dos fios até a produção das peças. Dos teares saem ponchos, mantas, cachecóis, tapetes, entre outros produtos. “Com as oficinas de tecelagem estamos ajudando a manter nossa tradição entre as novas gerações”, destaca Evelyn.