Época de colheita de frutas enche o paraíso da serra de sabor
No mês de janeiro, os pomares colorem e perfumam o paraíso da serra, além de proporcionar água na boca de quem visita. Uvas, amoras, maçãs, peras e outras frutas podem ser encontradas nesta época em que as colheitas são realizadas. A maioria dos frutos leva pouco ou nenhum agrotóxico em seu cultivo.
Na localidade de Rio Represo, o produtor Rivelino Cristiano Zoellner semeou as primeiras 50 mudas de uva que recebeu de um programa de distribuição da Prefeitura. Neste ano, devem render no mínimo duas toneladas. A produção é utilizada para fabricação de 500 litros de suco mais 700 litros de vinho no ano, que ele faz em casa mesmo. Trabalhando durante o dia em uma fábrica, dedica algumas horas do seu tempo durante a semana para cuidar do plantação. Além disso, a família também está envolvida nos cuidados com as parreiras. Essa rotina é levada há seis anos, quando iniciou o interesse pelo hobby que já era cultivado pelo avô. “Fiz um curso de vinhos em Videira, outros cursos de capacitação da Epagri, aí me dediquei cada vez mais”, conta.
A fruta in natura é vendida na própria plantação, por quilo. Há a opção de telefonar para fazer a encomenda ou o próprio cliente pode colher. Já o suco e o vinho produzidos são comercializados na Casa da Colônia, às margens da SC 301. Além das uvas, Rivelino está em fase de experimentação de plantio de pêras e maçãs em seu terreno de 4mil m². Segundo ele, a parte mais trabalhosa do semeio da uva é durante o inverno, quando se faz necessária a poda das folhas. A ausência de agrotóxicos é sentida no paladar. “Sem inseticidas, a própria vegetação atrai os predadores naturais das pragas. Basta verificar umas três vezes por semana para ter um controle”, explica. Neste ano, a colheita deve render no mínimo duas toneladas de uva das espécies Niágara Branca, Niágara Rose, Bordô, Concord e Isabel. A propriedade conta, atualmente, com 500 pés de uva, dando uma média de 5 kg/planta. Quem também colhe seus frutos é o produtor Hugo Piske. Há dois anos, foi beneficiado com 50 mudas de maçã e a colheita acontece nos próximos dias. A qualidade da maçã plantada é ideal para a confecção de geleias e tortas, além de uso industrial.
Segundo o engenheiro agrônomo da prefeitura, Gilson Brunnquel, é fundamental que goste do que faz e é recomendável, assim como fez Rivelino, que o produtor procure cursos de especialização. Em Campo Alegre, algumas capacitações são oferecidas através da Secretaria de Agricultura. Quem tiver interesse em adquirir frutas produzidas em Campo Alegre pode entrar em contato no fone 3632 2266.