Encerra colheita da maçã em Campo Alegre

A colheita da maçã em Campo Alegre encerrou no final do mês de janeiro. Durante trinta dias os produtores tiveram trabalho dobrado, já que a maçã ficou madura rapidamente. As colheitas iniciaram na segunda quinzena de dezembro, sendo que o pico da colheita foi em janeiro. Conforme o Eng. Agrônomo da Prefeitura Municipal de Campo Alegre, Gilson Brunquell,  nesta região a colheita ocorre nesta época porque as cultivares plantadas como a Castel Gala e Eva são consideradas precoces por serem menos exigentes em frio (florescem antes) das tradicionais (Gala e Fuji), e tem sua maturação adiantada para este período.

Ao todo em Campo Alegre, são 30 produtores de maçã, que aderiram à plantação da fruta para agregar cultivos em suas propriedades. A ideia surgiu quando há 4 anos, a prefeitura lançou um programa de mudas, com apoio do Sindicato Rural e Senar, onde cada produtor que fizesse o curso de plantio, receberia 50 mudas por ano da macieira. Com o incentivo muitos iniciaram a produção que hoje rende bons frutos, literalmente. “No ano passado ficamos sem a distribuição das mudas, por conta da questão das licitações, que não nos permitem comprar a muda adequada para nossa região e aqui uma muda de baixa qualidade não proporcionaria bons resultados”, explica Brunquell.

O produtor de maçã campo-alegrense, Marivaldo Telma, da localidade de Avenca do Rio Negro, conta com 130 pés da planta. 100 pés da variedade Castel Gala e 32 pés da variedade Eva. Marivaldo também fez parte do programa ofertado como uma nova experiência para a região. E apesar do frio desse ano, que acelera o cultivo, o agricultor conta que as fortes chuvas e o calor excessivo em dezembro e janeiro abalaram a produção, além das doenças, que, por ser um produto orgânico, acabam dominando o cultivo. Para ele a plantação de maçã exige muito trabalho e uma poda bem conduzida, mas, além disso, é preciso acertar a venda do produto. Marivaldo ainda tem bastante maçãs para vender, mas são produtos de segunda linha, que podem ser utilizados para outros fins e são mais em conta, mesmo sendo orgânicos. Quem tiver interesse pode contatar Marivaldo no telefone 96655495. De acordo com Edilson Pruckneski, secretário de desenvolvimento, se a cooperativa já tivesse funcionando seria uma oferta ótima para a fabriqueta, que ainda depende de uns ajustes para entrar no mercado.

             Além da maçã, a produção de uva também teve o mesmo processo e iniciou sua colheita a partir do final do mês de janeiro. Quem revela isso são os produtores Mario Kotovicz e Leandro Biaobock. Eles colheram a maçã e agora colhem o feijão e a uva. A propriedade, na localidade de Saltinho é grande e mesmo assim eles arriscaram na produção alternativa dessas duas frutas: maçã e uva. Mesmo com algumas dificuldades enfrentadas na produção demaçã, como a perda de folhas, o produto foi todo vendido e garantiu mais uma renda à família. A uva também teve uma excelente produção, melhor que isso só o sabor, que não nega o cuidado que eles tiveram para garantir a qualidade. Mario ressalta que a maçã é pequena, mas também tem um gosto especial e muita qualidade. “O problema é que muitas pessoas comem com os olhos, querem a maça vistosa, grande, mesmo que para produzi-la seja necessário o uso de agrotóxicos”, conta o agricultor, orgulhoso de sua produção. Mario ainda garante a qualidade da muda da marca Eva é melhor para se produzir.

O agrônomo da prefeitura ao lado o secretário de desenvolvimento estão trabalhando para conseguirem trazer a muda de maçã ofertada pela prefeitura aos produtores e garantir que a qualidade desta muda seja boa, para que o agricultor não perca serviço e garanta um bom retorno. “Pelas estatísticas que levantamos a marca Eva do Paraná é a que mais se adequa a nossa região e vamos apostar nesse tipo de muda para nossos agricultores”, finaliza.