Conselho de agricultura se reúne, planeja ações e fala sobre o ano que se encerra
O Conselho Municipal de Agricultura (CMA) promoveu na quarta-feira, 11, na sede da secretaria de Desenvolvimento Econômica, em Campo Alegre, seu último encontro de 2013, em caráter extraordinário, para debater as dificuldades e benefícios do ano que se passou e as melhorias para 2014.A reunião teve a presença do secretário de Desenvolvimento, Edilson Pruckneski, do engenheiro agrônomo da prefeitura, de representantes de setores e entidades, do responsável pelo setor na SDR, Wolfran Bahr, representantes da Epagri, Cidasc, Sindicato Rural, agricultores e demais órgãos ligados à área e cooperativas. O Prefeito Municipal não esteve presente, como gostaria, por conta de que tinha um compromisso em Florianópolis, inadiável.De acordo com Edilson Pruckneski, que após a leitura da Ata da reunião anterior, deu início a conversa, expôs a intenção da Secretaria de Desenvolvimento em trabalhar cada vez mais próximo do agricultor, assim como sua estrutura física foi mudada e pretende centralizar os atendimentos todos em um prédio apenas, as ações também buscaram favorecer o produtor em 2013. “Fizemos uma avaliação das ações anteriores e montaremos um planejamento para 2014, assim como acertamos algumas entregas e melhoramos alguns serviços, deixamos a desejar em outros, devido a impasses legais, para isso queremos abrir o diálogo e ouvir a necessidade de quem realmente sabe: o agricultor”, disse o secretário. “Ressalto também a importância do morango no plantio desse ano e do trabalho que fizemos em torno desse novo cultivo no município. Ainda reforço a criação de ovelhas que é um trabalho que pretendemos fortalecer em 2014”, finaliza Pruckneski. Nesse momento alguns agricultores questionaram a qualidade das sementes de milho, mas no geral elogiaram o serviço apresentado em 2013 pela secretaria, a centralização das atividades no mesmo local, a criação da agroindústria e a valorização do pequeno produtor. Foi explicado que em relação as sementes, o problema acontece devido a exigência pela lei da licitação, onde vence o fornecedor mais barato, mas será buscada uma solução para os próximos anos.O segundo ponto da reunião foi aberto ao debate entre os agricultores e órgãos presentes, que não pouparam palavras. Em 2013, mesmo com as fortes geadas, foi um ano positivo para a agricultura do município, que possui uma parcela muito importante na economia local. “Por conta disso, queremos que nosso trabalho tenha cada vez mais fortalecimento, pois os números apresentam a nossa importância e merecemos total atenção”, reforçam os produtores que levantaram questões sobre o roubo do pinhão e a importância do registro nas vendas. Outra questão levantada foi a dificuldade nas escrituras devido a algumas exigências que tornam tudo burocrático demais. “No Paraná cédulas e registros são mais baratos”, revelam.Em seguida a equipe da Epagri de Campo Alegre, falou sobre o programa de regularização fundiária ofertados para os agricultores, para eles é necessário reforçar o programa nas famílias que precisam e ainda não aderiram ao benefício. Ainda falaram sobre o programa Jovem Rural de Inclusão digital, que oferta apoio na compra de kits de informática para os jovens do meio rural. “Poucos jovens utilizaram este benefício em Campo Alegre, por isso estamos ressaltando hoje”, cometaram.O representante do setor na regional do Estado, Wolfran Bahr, falou sobre a área de preservação permanente e a reserva legal, exigidos no novo código, que não são necessárias em propriedades com menos de 64 hectares. Entretanto alguns agricultores reclamaram que os cartórios exigem mesmo em propriedades com metragem menos à mínima e isso tem dificultado a regularização das terras. Bahr falou ainda do cuidado que se deve ter hoje com a mata nativa que está sendo monitorada por meio do georeflorestamento. E por fim falou de linhas de crédito que beneficiam o pequeno produtor e apenas 1 agricultor do município aderiu a oportunidade. Nesse momento um dos presentes questionou o fato dos benefícios serem voltados sempre para o pequeno produtor e nunca para o médio, mas a representante do Banco do Brasil citou linhas que beneficiam também o médio produtor, com juros mais altos, mas que também são favoráveis ao investidor. Quase no final a representante do Cidasc tomou a voz e falou sobre os benefícios ofertados pela entidade e sobre os horários do final de ano, Citou a possibilidade dos produtores terem uma senha para retirar o GTA de casa, via internet, e falou sobre a mudança da Cidasc que a partir de janeiro, estará unificada com a secretaria de Desenvolvimento, assim como os outros órgãos representativos do setor. Os horários do setor também serão diferenciados nesse fim de ano, mas o plantão permanece.No final da reunião, representantes da cooperativa de Mate lembraram a comunidade que fazem, no dia 27 de dezembro, 75 anos de existência no município. Uma data a se comemorar com muito orgulho. Citaram ainda que o preço da erva tende a crescer nos próximos anos e a situação vai melhorar para os produtores. Mas teve agricultor que revidou dizendo não acreditar na promessa. De toda forma, eles explanaram a necessidade de aumentar a produção, visto que a demanda esta crescendo e os produtores diminuindo. Ainda falaram sobre o cuidado com roubos e falsos compradores na região, ofertando muito pela erva, mas roubando as plantações se pagar ao produtor. “É necessário ficar atento!”.