Alimentação escolar é destaque em Campo Alegre

 

O recreio é um dos momentos mais esperados pelos estudantes. O intervalo de 20 minutos entre as aulas é destinado às conversas e diversão, mas também para repor a nutrição fundamental para continuar a jornada de estudos. O aroma exalado pela cozinha conquista diversos estudantes, fazendo frequentes as repetições da refeição preparada com carinho e higiene pelas merendeiras.

 

O governo federal exige que 30% dos produtos utilizados na merenda sejam de procedência local ou regional. Em Campo Alegre, quase metade dos alimentos preparados vêm de agricultura familiar. “Temos a obrigação de oferecer frutas e/ou verduras no mínimo três vezes por semana. Nas escolas municipais, essas opções são servidas diariamente”, explica a nutricionista da secretaria de Educação, Alessandra Valentim.  As verduras são oriundas de uma associação de mulheres agricultoras de Campo Alegre. “Quando compramos de produtores locais, temos a vantagem de poder solicitar que um ou outro tipo de verdura seja fornecido, possibilitando o melhor planejamento do cardápio do próximo ano. Boa parte do que entra na merenda escolar é orgânico”, revela a nutricionista. Essa exigência do governo federal tem por objetivo fortalecer a agricultura familiar, que vende direto à secretaria de educação.

 

As escolas municipais contam com 90% de refeições. Os lanches costumam entrar, no máximo, uma vez por semana, devido à tabela de nutrientes que deve ser suprida para uma alimentação balanceada. “Temos um compromisso com a alimentação dos estudantes, embora nas escolas seja uma única refeição. Apenas na Paulo Fuckner, em Bateias de Cima, oferecemos o desjejum aos alunos que vêm de muito longe”. De acordo com Alessandra, a aceitação da merenda é maior nas escolas do interior do que no centro, devido à cultura e ao vínculo das crianças com alimentação saudável. Os pais podem optar por enviar lanches para os filhos, porém, itens como salgadinhos, bolachas recheadas e outros doces não são permitidos no ambiente escolar.

 

No ensino infantil, a alimentação é bem mais regrada. As crianças contam com todas as refeições do dia no estabelecimento de ensino, apenas jantando em casa. “No ensino integral, temos mais garantia de oferecer alimentação balanceada, diferente dos que frequentam meio período. Os reflexos estão no aumento do rendimento escolar e na saúde de cada um”, encerra Alessandra.A