Agricultores campoalegrenses visitam produção de morangos em Araucária

Na tarde de ontem, um grupo de 27 agricultores campo-alegrenses visitou o sistema de produção e distribuição de morangos do senhor Marcio Zielinski, no município de Araucária. Durante a visita proporcionada pela parceria entre Sindicato Rural e Prefeitura Municipal, os agricultores puderam conhecer de perto como funciona a parceria entre produtores naquele município, bem como os processos de plantio, irrigação, colheita e embalagem da fruta.O sistema de produção de morangos compreende três propriedades, que distanciam no máximo seis quilômetros do centro de distribuição. Nas propriedades, os morangos são cultivados, selecionados e embalados. Após esse trabalho, o próprio produtor encaminha as frutas para a central de distribuição, onde é verificada a embalagem, quantidade e qualidade dos morangos. Quando aprovada, a embalagem recebe selo com código de barras para possibilitar a comercialização.  Em praticamente todas as propriedades o trabalho é executado por famílias, sendo que a colheita acontece três vezes por semana e a irrigação é pelo sistema de gotejo. Cada propriedade cultiva entre cinco e quinze mil mudas de morango.São três as variedades de morango produzidas no local: Aromas, Albion e San Andreas, as mais cultivadas do sul do Brasil. A principal venda de morangos é para supermercados. “Também vendemos para confeitarias e outros estabelecimentos, porém em menor quantidade. Cada variedade tem suas características próprias, portanto são destinadas a diferentes tipos de cliente”, explicou Zielinski.As mudas são importadas direto da região da Patagônia, na Argentina, e só dão frutos em locais com temperaturas entre 10 e 25°C. Na negociação, os produtores recebem as mudas que são descontadas mais tarde, na venda dos morangos. Zielinski deixa claro que, embora funcione como complemento de renda, é necessário empenho na produção. “Precisamos de produtores comprometidos. Recomendo que iniciem a produção entre 2 e 5 mil pés e depois aumente gradativamente, conforme o ritmo de trabalho suportado. Não precisamos de grandes produtores, e sim de alguns pequenos”, explica.Os agricultores de Campo Alegre que se interessarem podem entrar em contato com a Prefeitura. “O clima, o solo e a altitude de Campo Alegre assemelham-se a essas mesmas características de Araucária, o que viabiliza a produção e torna os cuidados praticamente idênticos”, comenta o engenheiro agrônomo Gilson Brunnquell. Para o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Edilson Prucknescki, é necessário que o homem do campo seja incentivado a continuar seus trabalhos em lavouras. “A fruticultura está ganhando força, com o diferencial de que o agricultor não precisa destinar-se exclusivamente a essa atividade, bastando envolver a família na produção. É uma forma de complementar a renda e permitir que o homem do campo continue no campo”, comenta Pruckneski.