Campo Alegre inicia certificação de produtos orgânicos

Um grupo de produtores orgânicos de Campo Alegre, através de parceria com a associação Hortibento, de São Bento do Sul, iniciou processo de certificação pela rede Ecovida. Os campo-alegrenses passaram a compor um núcleo da Hortibento em julho e, na tarde de terça-feira, 11 produtores receberam o Certificado de Conversão, isto é, o comprovante de que estão todos em processo de adequação às normas da produção orgânica. A expectativa é de que, dentro de um ano, esses produtores recebam o certificado definitivo.

A certificação é importante para que os produtores comprovem que seus produtos são livres de agrotóxicos e de outros insumos químicos. Campo Alegre já tem tradição na agroecologia, graças à assistência técnica oferecida pela Epagri, mas a certificação individual é muito cara para os produtores. Por conta do alto custo, a saída encontrada pela Hortibento foi optar pela certificação participativa. “Trata-se de um sistema solidário de geração de credibilidade onde a elaboração e a verificação das normas de produção ecológica são realizadas com a participação efetiva de agricultores e consumidores, buscando o aperfeiçoamento constante e o respeito às características de cada realidade”, explica o advogado Teddy Ariel Miranda Santa Cruz, representante da Hortibento.

O selo de produto orgânico conferido pela Rede Ecovida é obtido após uma série de procedimentos desenvolvidos dentro de cada núcleo regional. Pelo processo participativo, os agricultores já certificados ajudam a fiscalizar a produção dos demais. O engenheiro agrônomo da prefeitura de Campo Alegre, Gilson Brunnquell, destacou a responsabilidade assumida pelos produtores em processo de cerificação. “A qualquer momento, essas propriedades podem receber a fiscalização, por isso é importante cumprir todos os requisitos da produção orgânica”, destacou.


A agricultora Maria Luíza Ruaro agradeceu, em nome do grupo, o apoio dado pela Prefeitura, Epagri e Hortibento aos produtores orgânicos. “Para nós, a certificação é muito importante, pois, sem a comprovação, muitas vezes temos que vender nossos produtos com o mesmo preço dos convencionais”, observou.

Na próxima reunião, marcada para janeiro, os produtores vão tratar também de organizar a produção para ampliar sua participação no mercado regional.