Pastagens de inverno é tema de dia de campo

Manter os rebanhos bem alimentados é fundamental para que o homem do campo possa garantir seu sustento em todas as épocas do ano. Em períodos quentes as pastagens exigem menos manutenção e rendem mais. Mas, a questão agora é; E no frio, o que pode ser feito para não diminuir a produção?

 

Devido a essa pergunta, uma parceria entre Prefeitura Municipal, Unitagri, Cidasc, Epagri, Coperio, Banco do Brasil, Senar e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, reuniu no Espaço Cultural (centro) na ultima sexta (27) mais de 40 produtores de Campo Alegre. A finalidade do evento foi promover um dia de campo voltado para o manejo das pastagens de inverno. O técnico agrícola da Unitagri, Sandro da Silva iniciou a palestra exibindo um balanço geral realizado em cidades catarinenses que comprovaram a eficiência de uma pastagem tecnicamente elaborada em comparação as normais. As variedades de sementes, as combinações de diferentes espécies e o manejo correto do solo chegaram a render até 48% mais que uma pastagem convencional em épocas frias. O que resultou em aumento de peso, maior produção de leite, antecipação do período de abate ou reprodução, bem como a diminuição da mortalidade dos animais. Logo após, a engenheira agrônoma da Epagri, Ana Luci Hanisch, apresentou informações sobre a introdução de espécies forrageiras de inverno para a região.

 

Para complementar os conhecimentos, no período da tarde, todos seguiram rumo à localidade do Faxinal, onde na propriedade de Cláudio Carneiro, puderam ver na prática os benefícios do manejo das pastagens de inverno. Em campo, Sandro Silva demonstrou as corretas proporções da mistura de sementes, as combinações com uso do trevo e leguminosas. No local Sandro sanou várias dúvidas dos participantes, e trocou experiências com muitos dos participantes. Segundo Silva, o maior segredo para o sucesso da pastagem, é a compra de boas sementes, vale a pena desembolsar um pouco mais no começo, pois mais tarde o produtor verá que valeu a pena, afirmou.

 

Segundo o engenheiro agrônomo da prefeitura Gilson Brunquel, aproximadamente 28% das áreas de pastagens de campo nativo ou de caíva (pastagens com pés de erva-mate e araucárias) do município, podem ser melhoradas.