Municipalização do sistema de água completa um ano

O sistema de abastecimento de água de Campo Alegre completa, em julho, um ano de municipalização. Nesse período a rede de água foi ampliada em quatro mil metros e chegou às ruas Miguel Gorniack, Padre Romero, no bairro Bela vista, Raymundo Munhoz, antiga rua Dona Francisca, em São Miguel, além de ampliações nas redes comunitárias de Ribeirão do Meio, Bateias de Cima e Cubatão.

A localidade de Queimados recebeu um reservatório com capacidade para 10 mil litros, o que resolveu o problema da falta de água para vinte famílias. “Antes, essa comunidade tinha água durante oito horas no dia, agora o abastecimento ocorre sem interrupção”, conta o secretário de Saneamento Ambiental, Artur Bastos.

A colocação de nova motobomba em Fragosos e a automação dos sistemas também são conquistas do primeiro ano de trabalho municipalizado. “Com os sistemas automatizados, eliminamos desperdícios. Só em energia elétrica a economia é de 30%”, calcula o secretário.

Em média, a equipe das Águas Campo Alegre atende a três chamados emergenciais por dia. No primeiro ano foram 268 ocorrências de atendimentos domiciliares e 108 novas ligações de água.

Esgoto

Entre os maiores desafios do município está a implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto, o que já motivou um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público. “A elaboração de projetos para obras de saneamento é muito cara, por isso já estamos formando um fundo financeiro com parte dos recursos arrecadados a fim de custear tal despesa, estruturar a Águas Campo Alegre com equipamentos e fazer levantamentos topográficos”, informa o prefeito Vilmar Grosskopf.

A média mensal de arrecadação da Águas Campo Alegre é de R$ 79 mil. Desse total, 63% destina-se às despesas fixas de manutenção, como folha de pagamento, combustível e energia elétrica. A fatia também inclui o transporte do lixo para o aterro, que custa cerca de R$ 28 mil por mês. “Vamos intensificar campanhas de educação ambiental a fim de aumentar ainda mais o volume da coleta seletiva, pois quanto mais o município recicla, menor é o custo do transporte de lixo comum”, explica Bastos.

Os 37% restantes da arrecadação mensal são empregados na compra de materiais para ampliação de rede e consertos. O que sobra vai para o fundo destinado aos projetos de coleta e tratamento de esgoto. Em 2009, segundo a secretária de Administração, Auriene Roepke, enquanto a Secretaria de Saneamento Ambiental ainda não estava criada, os recursos de manutenção vieram da Secretaria de Obras. Por conta disso, a reserva da Águas Campo Alegre para estruturar os programas de coleta e tratamento de esgoto soma  R$ 505.329,75. “Municipalizar o sistema de saneamento quando o contrato com a Casan terminou foi um ato de coragem que, após um ano, já demonstra bons resultados, pois todo o valor arrecadado nas faturas de água reverte-se em benefício da população campo-alegrense”, observa Auriene.