Diversidade cultural no Festival de Inverno de Campo Alegre

O frio marcou presença no 7º Festival de Inverno de Campo Alegre. A temperatura voltou a cair no final de semana, para alegria dos turistas que visitaram a cidade, no alto da Serra Dona Francisca. Shows, apresentações folclóricas e musicais, além de um variado cardápio foram os principais atrativos da festa. No sábado, o show com o grupo Tchê Guri reuniu cerca de 6 mil pessoas no Calçadão da Cascatinha. O Espaço Cultural Sirley Johanson teve lotação completa para a Ópera de Inverno.

Além da programação do final de semana, o festival contou com bom público também nos eventos oferecidos de segunda a quinta-feira. Cerca de 1400 estudantes participaram das sessões de cinema e 1.100 assistiram à peça teatral “Tem xente uma feis”, da Cia Alma Livre, de Jaraguá do Sul. A Mostra de Danças lotou o espaço cultural e outras 150 pessoas participaram das apresentações de música e do encontro de violeiros. As 43 oficinas oferecidas durante o festival receberam cerca de 450 inscritos. Os mini-cursos ensinaram diversos tipos de artesanato, culinária, vitivinicultura e cultivo de orquídeas. “A maioria das oficinas teve inscrição gratuita, assim como os eventos do festival”, explica Auriene Röepke, uma das integrantes da comissão organizadora.

Escritores da região participaram da Feira do Livro, no sábado, e declamaram poesias. Nas barracas de artesanato, produtos feitos em lã estiveram entre os mais procurados, principalmente cachecóis, toucas, meias e ponchos. “Trouxemos um mini-tear e uma roca para a nossa barraca porque as pessoas têm curiosidade em ver como trabalhamos com a lã”, conta Elizabeth Kestering, presidente da Fecampo, fundação que se dedica ao ensino do artesanato.

O Festival de Inverno também ofereceu oportunidade para os agricultores familiares comercializarem produtos livres de agrotóxicos. “Sempre que posso venho a Campo Alegre buscar produtos orgânicos, eles têm uma boa variedade aqui”, afirmou a joinvilense Elisiane Ribeiro.

Diversidade

Valorizar a diversidade cultural é o propósito principal do Festival de Inverno. No Encontro das Etnias, realizado no sábado, grupos folclóricos germânicos, gaúchos, italianos e de dança do ventre dividiram o mesmo palco. Tudo, acompanhado de café colonial. “É muito bom termos essa oportunidade de mostrar nossa dança e, ao mesmo tempo, assistir a outras manifestações culturais”, afirmou Handrey Jonnes, do grupo de danças gaúchas Tradição.

Os restaurantes da cidade também apostaram na diversidade. Os pratos mais procurados foram a carne de ovelha e receitas à base de pinhão. Para o prefeito Vilmar Grosskopf, o Festival de Inverno, além de proporcionar ao público acesso a várias manifestações culturais ainda contribui com o turismo. “A exemplo da Festa da Ovelha, vamos consolidando também o festival”, disse o prefeito. A banda Incandescente, de Itajaí, fez o show de encerramento na noite de domingo.