Após incansável luta da Prefeitura Municipal de Campo Alegre, a aquisição do prédio do Hospital se concretiza

 

Desde o dia anunciado da vitória das últimas eleições municipais, antes mesmo do atual prefeito Rubens Blaszkowski assumir a cadeira, as irmãs salvatorianas já o procuraram para definir o destino do Hospital São Luiz, que estava prestes a fechar as portas. O prefeito eleito iniciou a sua administração, em 2013, e desde então não mediu esforços para que o Hospital do município de Campo Alegre permanecesse em funcionamento para a população campo-alegrense. O hospital, construído pela comunidade, fez parte do desenvolvimento do município e da história dos campo-alegrenses. Entretanto, nos últimos anos o estabelecimento não vinha conseguindo se manter. A ajuda da prefeitura era baixa (um repasse mensal de R$ 7 mil) e o custo de manutenção muito alto, gerando uma alta dívida para as irmãs salvatorianas.

No dia 25 de março de 2013, a Prefeitura Municipal de Campo Alegre recebeu uma correspondência, das irmãs salvatorianas, oficializando que as atividades hospitalares desenvolvidas no Hospital São Luiz estariam encerradas em 60 dias. Nesta mesma data, a Prefeitura recebeu uma proposta, elaborada pelas irmãs, para a venda do prédio do Hospital, no valor de R$ 4.500.000,00, podendo ser parcelados em 216 meses, reajustado pelo CUB. Posteriormente, o município abriu um processo administrativo para analise da viabilidade de compra e gestão do Hospital São Luiz.

Com o Hospital São Luiz prestes a fechar, a Secretaria de Saúde de Campo Alegre teria que ter uma alternativa, em curto prazo, para atender a população de Campo Alegre em casos de emergências, implantando um Pronto Atendimento 24 horas, onde o custo de manutenção aproximado seria de R$ 191.000,00 mensais. Desta forma não teríamos mais a disposição exames laboratoriais, serviço de ultrassonografia, endoscopia e internações clinicas de baixa complexidade, sendo necessário pactuar esses atendimentos com municípios vizinhos.

Em 27 de junho de 2013, a pedido da vereadora Ana Lúcia Piske, foi realizada uma audiência pública para esclarecer questões referentes à compra do Hospital São Luiz, de Campo Alegre. O evento contou com a participação de autoridades e um público aproximado de 500 pessoas, que lotaram o espaço. Após ser questionado pela compra do imóvel o prefeito Rubens Blaszkowski manifestou a sua preocupação e intenção em manter o Hospital aberto para toda a população campo-alegrense. Quem esteve presente sentiu orgulho da atitude e pode perceber o empenho de toda a equipe administrativa para conseguir, em menos de 6 meses de gestão, manter o hospital em funcionamento.

O prefeito seguiu com sua preocupação para ofertar o melhor serviço médico à comunidade, enquanto tramitava o processo administrativo para analisar a possibilidade da compra/aquisição do imóvel, para não fechar o Hospital, a solução encontrada, junto com a Secretaria de Saúde de Campo Alegre, as irmãs salvatorianas e a equipe administrativa municipal, foi buscar um acordo de aluguel do espaço e contratar uma instituição para gerir os serviços hospitalares. Após um longo estudo e busca para que o Hospital permanecesse aberto, foi firmado convênio com o Instituto Santé, que assumiu a gestão hospitalar.

Mesmo assim a luta administrativa pela aquisição do prédio nunca parou. Tentativas de operações de crédito foram enviadas ao Tesouro Nacional, consulta ao Tribunal de Contas do Estado, Solicitação de apoio ao Ministério Público, conversas com políticos, reuniões com o Secretário de Saúde de Santa Catarina, entre outras tentativas que nunca cessaram neste governo.

Recentemente, o Ministério Público respondeu a solicitação de apoio do município se manifestando favorável a compra do imóvel do Hospital São Luiz. Vale lembrar a todos que o valor de compra ainda se mantém o mesmo de 3 anos atrás, acordado com as irmãs. Também se ressalta que os valores pagos no aluguel do imóvel serão reduzidos do valor total de aquisição. Na época o valor proposto foi de R$ 4.500.000,00. Caso esse valor fosse alterado, iria hoje para R$ 6.150.000,00, valor imobiliário avaliado.

Posteriormente à manifestação favorável do Ministério Público, o município ingressou com uma ação de desapropriação do imóvel.