Família acolhedora de Campo Alegre faz encontro

Como flechas na mão do arqueiro

Somos gigantes quando temos o privilégio de acolher uma criança

 

Na noite de quarta feira (23), a comunidade teve o privilégio de saber um pouco mais sobre o Serviço de Acolhimento Familiar, para isso o convidado Dagmar Nogueira, nascido em Tabapuã – São Paulo, ex bóia fria, criado no ciclo do café, hoje Engenheiro Agrônomo e morador em São Bento do Sul, chegou com um pacote cheio de coisas boas para partilhar sobre o tema: “Família a base de tudo”. O palestrante ressaltou que nenhuma conquista vale a pena fora da família. “Cuidar do que não é nosso é acolher as crianças e adolescentes e fazer por eles o melhor”, explica. 

Em Campo Alegre, o cadastro para fazer parte da família acolhedora é feito junto à Assistente Social, Vanderléia, na Casa da Cidadania. “Acolher não é adotar”, ela ressalta. “Quem acolhe uma criança, tem uma vida aos seus cuidados e vive o universo da criança”, diz a assistente social. O convidado, Dagmar, explica que o ser humano só cresce quando se relaciona com o diferente e ali cresce na família  o amor , a intimidade e o relacionamento. “Os filhos são como flechas na mão do arqueiro”, Salmo 127,4. “Esta comparação é muito rica em significado”, comenta. “Por exemplo: Quem já tentou arremessar uma flecha sabe que não é nada fácil atingir o alvo. O mesmo se dá com as crianças acolhidas: não é nada fácil fazê-los atingir o alvo da vida.  A lógica da flecha é ir mais longe que o arqueiro. Isto também é verdade em relação a essas crianças e adolescentes: queremos que eles possam ir mais longe que nós. Respeitando-os como ser humano, único, digno. A criança tratada com respeito aprende a respeitar os outros. Não basta ter força. É preciso também ter habilidade. Uma flecha lançada com força, mas sem habilidade pode atingir qualquer coisa, inclusive o coração do próprio arqueiro. É preciso olhar o outro com prioridade, somos gigantes quando temos o privilégio de olhar para fora e acolher uma criança”, encerra.